Perguntas frequentes
O que é o Tarot Cigano?
O Tarot cigano é um baralho de 36 cartas, podendo ter até 46 cartas em versões estendidas, criado pela francesa Anne Marie Adelaide Lenormand, as cartas mesclam símbolos tradicionais com imagens modernas do estilo art nouveau e originalmente usado com fins recreativos, mas que, ao longo do tempo, foi associado às ciências esotéricas, sendo hoje usado principalmente como ferramenta divinatória, na prática da leitura da sorte.
De onde vem o Tarot?
Apesar da origem oficial do baralho cigano ser remontado ao Tarot de Marselha, ela ainda pode ser um mistério, pois existem 2 origens contadas sobre ele.
A primeira é que ele veio a partir do Tarô de Marselha, onde Anne Marrie Adelaide Lenormand, que foi uma cartomante muito conhecida na Europa, criou oráculo cigano Lenormand, onde teve o contato com o Tarô e fez algumas poucas alterações para se adaptar a sua cultura, com a quantidade de cartas e as figuras nele modificadas, para que ficasse algo que atendesse o cotidiano do seu povo.
A segunda origem, da qual é cheia de mistérios, nos leva a cidade perdida, Atlântida. Poseidon protegeu sua amada, seus filhos e o reino que construíram, por muitos anos. Contudo, alguns sábios, sabendo o que poderia haver com a cidade, levaram todo o conhecimento que possuía para os sacerdotes egípcios que, quando começaram as guerras, temendo que o tão intenso conhecimento caísse em mãos erradas, gravaram em lâminas de ferros alguns deles, e com o tempo viram que esses símbolos significavam uma relação espiritual e humana, o que deu origem tanto ao Tarô quanto ao baralho cigano.
O Tarot se baseia em alguma religião?
As primeiras imagens do Tarot fazem claro uso de simbolismo cristão, porém, ao que tudo indica, isso se deve mais a uma influência cultural que propriamente um uso suporte à teologia cristã. O que pode ser chamado de simbolismo cristão era a linguagem visual dominante da época e lugar onde o Tarot parece ter surgido. Portanto, é natural que suas imagens exibam referências a essa iconografia.
A abordagem do Tarot como ferramenta divinatória é profundamente influenciada pelo esoterismo ocidental, já que os primeiros pensadores a verem o baralho do Tarot como mais que um simples jogo seguiam essa linha de pensamento. No entanto, o que hoje chamamos de esoterismo é um conjunto de doutrinas que têm suas raízes no hermetismo, e que não pode ser exatamente considerado uma religião, mas um agregado de tradições e doutrinas espirituais, focado em um processo de despertar místico individual, bem como em uma relação com os universos interior e exterior através de práticas comumente chamadas de Magia. Assim, se você for estudar Tarot a fundo, pode esperar para ouvir bastante sobre hermetismo e magia – como também pode se preparar para estudar sobre simbolismo cristão medieval. De qualquer forma, você pode estudar Tarot sendo praticante de qualquer tipo de religião – ou de nenhuma. Você não precisa sequer acreditar em qualquer deus ou coisa espiritual para ler cartas.
Qual a importância do baralho na leitura de cartas?
Sem baralho, não existe leitura de cartas de Tarot.
O Tarot não é exatamente o baralho em si, ou as imagens que ele carrega, mas o algo que se forma quando olhamos para as imagens e quando travamos algum contato com elas. De certa forma, o Tarot não é exatamente algo tangível, mas antes, um processo.
No âmbito do Tarot oracular, o Tarot é o oráculo em si – não exatamente as cartas, mas o que existe por trás delas, a “entidade” que “fala” por meio das cartas. O baralho é justamente a nossa ligação com o Tarot, é a ferramenta que usamos para acessar o oráculo, e realizar o processo de adivinhação, ou predição, ou prognosticação – ou como você quiser chamar. Nesse sentido, quanto melhor você conhecer sua ferramenta, melhor você vai ser capaz de acessar o Tarot.
Como funciona uma leitura de cartas?
A leitura de cartas é um processo oracular que envolve no mínimo dois elementos – o leitor e as cartas – e, frequentemente, três – o leitor, as cartas, e o consulente. O número de consulentes em uma leitura pode ser maior, porém o número de leitores é costuma ser só um. No processo da leitura de cartas, as cartas são usadas como oráculo, ou como uma ferramenta divinatória. Leituras de cartas podem girar em torno de perguntas específicas feitas pelo consulente, como também podem consistir em uma análise geral de sua vida. Frequentemente, o enfoque consiste em algo entre as duas coisas. Em linhas gerais, o consulente ou o leitor embaralham o maço e sorteiam dele um determinado número de cartas, que são então “lidas” pelo leitor, que as interpreta como sinais, através de significados específicos atribuídos a cada uma delas. É comum a prática de “cortar” o maço depois de embaralhá-lo, e antes que as cartas sejam sorteadas.
O corte consiste em uma divisão arbitrária do maço em duas ou mais partes, que posteriormente são novamente unidas, geralmente sob uma ordem diferente da anterior. As cartas são geralmente dispostas em arranjos definidos, compostos por um número pré-determinado de posições, cada qual com uma função específica. Tais padrões são comumente chamados de nomes como “tiragens”, “jogadas”, “métodos” ou “disposições”; as posições de cada tiragem são frequentemente chamadas de “casas”. Leituras de cartas que usam padrões com posições definidas são chamadas de leituras posicionais.
Em métodos de leituras posicionais, a resposta do oráculo é essencialmente obtida por meio da análise da influência recíproca que cada posição e a carta que ela abriga exercem uma sobre a outra. Também é analisada a relação desses pares (posição+carta) entre si. As cartas também podem ser dispostas livremente, sem arranjos ou quantidades pré-definidos – essa forma de leitura é chamada não-posicional, ou linear. Leituras lineares podem ser compostas de um número pré-definido de cartas, ou serem dispostas de forma orgânica, com mais cartas sendo sorteadas ao sabor da necessidade.
O tempo médio geral de uma leitura de cartas gira em torno de uma hora e meia. Uma leitura não costuma durar mais de, no máximo, três horas.
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